Blog de biologia
Fungos
Características gerais:
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Os fungos estão inseridos no Reino Fungi. São seres eucariontes, heterotróficos e pluricelulares (apesar de existirem alguns unicelulares). No geral, possuem quitina em sua parede celular e são constituídos por hifas. As hifas são as unidades básicas dos fungos (como se fossem nossas células) e seu conjunto forma o micélio, como demonstra a imagem ao lado.
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Estão classificados em 4 grupos que serão estudados posteriormente: ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e quitriodiomicetos.
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Eles podem se reproduzir tanto de forma sexuada (por plasmogamia das hifas dos micélios) e assexuada (por brotamento, fragmentação ou esporulação).
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Também se classificam de acordo com sua importância biológica em: saprófagos e parasitas. Os saprófagos obtêm seus alimentos pela decomposição de organismos mortos; são extremamente importantes para a renovação e reciclagem de matéria orgânica na água e no solo. Já os parasitas retiram seus nutrientes de substâncias contidas no organismo em que está instalado. Eles causam o apodrecimento de alimentos e podem provocar doenças em plantas, animais e seres humanos.
Referências: essas informações foram retiradas do seminário sobre fungos dos alunos Do Amaral, Vitória Magalhães, Coimbra e Mendonça.
Zigomicetos


São fungos terrestres formados por hifas de paredes quitinosas. Podem ser de vida livre, parasitas de plantas e animais ou simbiontes. Quando de vida livre, ocorrem no solo ou sobre restos de matéria orgânica. E quando são simbiontes estão presentes em raízes de plantas.
Atualmente, existem mais de 1000 espécies de zigomicetos, dos quais se destaca o gênero Rhizopus, conhecido por ser o causador do bolor negro de pães, e que também degrada frutas.
Reprodução:
- Assexuada: (por esporulação)
As hifas digerem a matéria orgânica do substrato, permitindo o desenvolvimento do micélio. Em seguida, as hifas reprodutoras crescem para fora do substrato, formando o esporângio, que quando amadurecem liberam esporos pelo ar.
Esses esporos se dispersam pelo vento ou pela água, podendo atingir longas distâncias e originar novos fungos.
- Sexuada:
A principal característica desse tipo de reprodução é a formação de uma estrutura, o zigósporo, que é gerada sexualmente através da plasmogamia dos gametas (fusão dos citoplasmas).
O processo se inicia com a instalação de dois micélios, formados por várias hifas haploides e fisiologicamente distintos (um positivo e outro negativo), em um substrato. Esses micélios formam raízes e suas pontas entram em contato dentro do substrato. Desse ponto de interseção, surge o zigósporo, que amadurece e germina, formando um esporangióforo (portador de esporângio). Os esporângios amadurecem e se rompem, liberando esporos que podem germinar e formar novos micélios de forma assexuada.
Referências: essas informações foram retiradas do seminário feito por Vasconcellos, Marina do Erre, Andres e Heldt (mesmo grupo que está fazendo este blog, com exceção do Heldt).



Quitridiomicetos
Os quitridiomicetos são seres unicelulares (ou filamentosos), heterotróficos, que possuem parede celular quitinosa; se nutrem por absorção e são aeróbios ou anaeróbios. Sua principal característica é possuir um flagelo, que tem como objetivo, ajudar na locomoção na água.
Atualmente, contabilizam-se 790 espécies de quitridiomicetos. Eles são predominantemente aquáticos, mas também podem ser encontrados no solo, desertos e até no trato digestivo de mamíferos ruminantes.
Reprodução:
Assim como os zigomicetos, os quitridiomicetos se reproduzem assexuada e sexuadamente.
Os gametângios (estrutura produtora de gametas) geram, por mitose, esporos haploides flagelados (os zoósporos). No encontro de dois esporos, ocorre a fecundação, originando um zigoto diploide (parte assexuada). Esse zigoto vai se amadurar, dando origem a um esporófito repleto de gametângios haploides que se fecundam entre si (sexuadamente) formando novos zoósporos. Assim, o ciclo se reinicia com alternância entre as fases sexuada e assexuada.
Ps.: por possuir um flagelo, consideram-se os quitridiomicetos os fungos mais ancestrais, além de serem os mais parecidos biológicamente com os animais, como representado no cladograma abaixo.
Referências: essas informações foram retiradas do seminário feito por Vasconcellos, Marina do Erre, Andres e Heldt (mesmo grupo que está fazendo este blog, com exceção do Heldt).

fotos de quitridiomicetos




Reprodução dos quitridiomicetos
Basidiomicetos
Alguns exemplos de basidiomicetos são os orelhas-de-pau, as ferrugens e os cogumelos comestíveis e venenosos. Os basidiomicetos possuem um micélio reprodutivo (visível) e um micélio vegetativo (soterrado). Ambos são constituídos por hifas septadas e uninucleadas; há, porém, uma fase do processo reprodutivo na qual a hifa se torna dicariótica (com dois núcleos). Quanto a nutrição, os basidiomicetos podem ser sapróbios, ou seja, decompositores de matéria orgânica; ou parasitas de plantas e animais.
Os basidiomicetos podem se reproduzir tanto sexuada quando assexuadamente.
- Sexuadamente: a reprodução sexuada ocorre por meio da junção de duas hifas compatíveis (hifa+ e hifa-). A fusão do citoplasma dessas duas células denomina-se plasmogamia e forma uma célula binucleada. Ocorre multiplicação dessa nova hifa por meio da fibulação, uma espécie de divisão celular, até que se forma um novo micélio. Já com o micélio formado, ocorre a cariogamia (fusão dos dois núcleos). Essa fusão gera um zigoto (2n), que ao se dividir por meiose, forma quatro esporos denominados basidiósporos. Eles são liberados no ar e se dispersam, até que encontram novas hifas compatíveis para reiniciar o ciclo.
- Assexuadamente: ocorre por meio da fragmentação do micélio e da produção de esporos.
Informações retiradas do seminário do grupo da Mayara e do "trabalho das selfies" (grupo do Vasconcellos, Do Amaral, Vitória Magalhães e Coimbra + grupo do Andres, Marina do Erre, entre outros).
Ascomicetos

Exemplo de basidiomiceto



Reprodução sexuada de basidiomicetos
Os ascomicetos são um dos mais numerosos grupos de fungos. Com mais de 30 mil espécies, eles englobam os fermentos e as leveduras. Existem espécies sapróbias (decompositoras de madiera, folha, alimentos, etc) e parasitas (que podem causar doenças em plantas e animais).
A maioria dos ascomicetos possui talo filamentoso, e hifas com septos transversais perfurados, para que o citoplasma e o núcleo possam se mover de uma célula para outra. Estas células normalmente possuem apenas um núcleo. A parede celular é composta de quitina.
A maioria dos ascomicetos são terrestres, apenas alguns são marítimos (os líquens). Ademais, eles possuem grande importância ecológica: são decompositores e tem muita utilidade na indústria alimentícia (através de fermentos, que são feitos por ascomicetos, se produz pão, bolo e até bebidas alcoólicas; a droga LSD também é extraída desse tipo de fungo.
Reprodução :
Os ascomicetos se reproduzem tanto sexuada como assexuadamente. Na parte sexuada, as hifas homocarióticas formam os ascogônios (gametângios femininos) e os anterídios (gametângios masculinos). Quando os dois se encontram e são compatíveis, ocorre a plasmogamia, que é a fusão destas estruturas, porém parcialmente. Na estrutura feminina que sofreu fecundação vão brotar hifas com núcleos haplóides e heterocarióticos, pois são resultado da fusão de dois talos. Na extremidade destas hifas formam-se ganchos, por onde cresce o micélio, formando células com dois núcleos (1 feminino e 1 masculino). Um tempo depois ocorre a cariogamia, formando um núcleo diplóide. Em seguida, por meioses, formam-se 4 núcleos haplóides, que sofrem mitoses, originando 8 núcleos haplóides, que produzem 8 esporos. Quando os ascósporos germinarem, darão origem a um micélio uninucleado e outro haploide, que se reproduzirão assexuadamente por conidiósporos.
Informações retiradas do seminário do grupo da Mayara e do "trabalho das selfies" (grupo do Vasconcellos, Do Amaral, Vitória Magalhães e Coimbra + grupo do Andres, Marina do Erre, entre outros).

Um exemplo de ascomiceto

Reprodução de ascomicetos